de Ricardo Vaz Trindade
O que veem as nuvens é um espetáculo para uma plateia deitada a olhar para cima, num mecanismo semelhante a um cinema vertical, com os corpos deliberadamente dispostos em posição de descanso, sono e sonho.Olhamos para as nuvens, adivinhamos-lhes as formas e as intenções, para depois sermos nuvens e adivinharmos o que elas veem em nós.É, portanto, um gesto de reflexo: olhar para cima, para depois olhar para baixo, para trás e para dentro, e tentar uma leitura do mundo a partir de um ponto de vista necessariamente holístico, de cima e de longe, onde os indivíduos só se distinguem pela sua sombra.As vozes de seis dramaturgos tentam encontrar palavras para este espanto indizível de ver tudo em simultâneo, relacionando-se com a ideia de infinito e desdobrando-se em debates ontológicos,poéticas incorpóreas e eco-traumas.Em palco, dois intérpretes conduzem uma viagem sensorial que não se esgota na fruição estética ou intelectual.De facto, o corpo é enganado: é convocado para uma insónia consciente, adormece acordado e acorda adormecido ao fim de uma hora de viagem pelas nuvens.
:::::::
Ficha ArtísticaDireção Artística: Ricardo Vaz TrindadeDramaturgia: Joana Bértholo, Keli Freitas, Lígia Soares, Nuno Camarneiro,Ricardo Vaz Trindade, Rui Pina CoelhoInterpretação: Cláudia Gaiolas, Ricardo Vaz TrindadeRealização de Vídeo: João VladimiroConsultoria de Vídeo: Paulo Américo da SilvaMúsica: Luís FernandesDesenho de Luz: Cristóvão CunhaEspaço Cénico: Ricardo Vaz TrindadeProdução Executiva: Maria Tsukamoto, Ricardo Vaz TrindadeFinanciamento: República Portuguesa, Direção-Geral das ArtesApoios: Companhia Olga Roriz, Francisco Figueiredo – Fotografia, Municípiode Torres Vedras, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Nacional D. MariaII,Temps d’Images, TerratremeResidência de Co-Produção: Inestética Companhia Teatral, O Espaço do TempoColaboração Vídeo: Ana Félix, António Correia, @africabees, @beyev.society, @ciap_dron, @droneyboi, @gergana.vlaykova, @gp7775, @outdoormoods, @robertneumannfromthesky, @travel_hunterz, O Mar É a Nossa Terra (Miguel Figueira e Filipe Madeira, 2020, © Garagem Sul/C.C.B.)Agradecimentos: Diogo Vasconcelos, Edite Queiroz, Eduardo Brito, Eng.ª Ana Silva, Engº. Eduardo Pardal, Gesamb – Gestão Ambiental e de Resíduos, Granialpa – Extração e Comércio de Granitos, Joana Brites, Joana Gama, Magda Bizarro, Rita Morais, Tânia Guerreiro
Público geral | 5€ | M/6
Cine-Teatro de Alcobaça João D'Oliva MonteiroRua Afonso de Albuquerque, 2460-020 Alcobaça
262 580 890
cine.teatro@cm-alcobaca.pt
Este site utiliza cookies. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização.